A peregrinação internacional aniversária de outubro contou com a habitual palavra dirigida aos doentes, na manhã desta terça-feira, dia 13, durante a Eucaristia. A mensagem destinada àqueles que se encontram a viver numa situação de fragilidade foi proferida pela irmã Sandra Bartolomeu.

“Meu irmão, minha irmã que estás doente, (…) deixa que o teu vale se transforme num oásis, porque Nosso Senhor – que os pastorinhos viram durante o milagre do sol, aqui na Cova da Iria em 1917 – está presente hoje para ti. Ele faz-se presente na Eucaristia, à qual os santos Francisco e Jacinta gostavam de chamar Jesus Escondido, e está presente em ti, no templo do teu corpo frágil e dorido, no santuário do teu coração. Como naquele dia 13 de outubro de 1917, hoje Ele derrama sobre o mundo inteiro, sobre cada homem e mulher e sobre ti a sua bênção, plena de graça e misericórdia”, disse a religiosa.

“Se te sentes muito pobre, oferece a Deus o teu nada. Ele fará da tua indigência e das tuas dores lugar da sua morada e instrumento da sua salvação em favor de toda a humanidade. Em silêncio, deixa-te tocar e levantar pelo seu amor, que se faz dom para ti hoje”, concluiu a irmã Sandra Bartolomeu.

A tradicional saudação final da Missa desta peregrinação foi proferida por António Marto, cardeal e bispo na diocese de Leiria-Fátima. “Queridos peregrinos, respondeste à chamada de modo admirável. Agradeço sobretudo o vosso testemunho de fé. Vieste em multidão, como filhos que querem sentir de novo a ternura e a consolação, junto do colo da Mãe e do Seu coração terno e materno. O vosso testemunho de fé traz-me muita alegria e conforto”, disse o prelado, que destacou o comportamento exemplar dos peregrinos num contexto de pandemia.

António Marto deixou ainda as suas felicitações à Guarda Nacional Republicana (GNR), que neste 13 de outubro celebra o 109.º aniversário ao serviço da segurança e ordem pública no distrito de Santarém. A peregrinação contou com a presença de 48 grupos de peregrinos de 15 nacionalidades, dando ao recinto de oração um aspeto que não se via desde o início da pandemia da covid-19, tornando esta a primeira peregrinação sem lotação desde maio de 2020.