A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) prestou apoio a 2.595 crianças e jovens vítimas de crime e violência no ano passado, um aumento de 32 por cento face ao ano anterior, indicam as estatísticas APAV 2022, dedicadas às crianças e jovens vítimas de crime e de violência.

Entre as 2.595 crianças e jovens vítimas de crime e violência, “60 por cento eram do sexo feminino e a média de idades é de dez anos”. “Em 31,6 por cento dos casos, a vítima era filho ou filha da pessoa agressora”, adianta o organismo português, em comunicado. Segundo a APAV, 63 por cento das situações referem-se a casos de violência doméstica, sendo que a “residência comum à vítima e pessoa agressora é o local do crime e/ou violência em 46,7 por cento das situações reportadas”.

“O espaço de segurança e conforto que deveria ser a casa das vítimas é, não raras vezes, transformado num cenário de violência a que crianças e jovens são sujeitos, direta ou indiretamente”, lamenta a associação, que divulgou as estatísticas a propósito do Dia Mundial da Criança, assinalado na última quinta-feira, 1 de junho.