“Em Portugal, uma em cada quatro crianças é afetada pela seca severa e extrema que o país enfrenta”, refere Beatriz Imperatori, diretora executiva da UNICEF Portugal, num comunicado citado pela agência Lusa, no contexto da publicação de uma orientação face à crise climática, divulgada pelo Comité dos Direitos da Criança.

Segundo a responsável, o Estado deve assegurar o direito a um ambiente de vida “humano, sadio e ecologicamente equilibrado” para todas as crianças. “Hoje apelamos aos decisores políticos, ao setor público, a todas as empresas e instituições e à sociedade civil que coloquem as crianças em foco nas estratégias para o ambiente e que as capacitem enquanto agentes de mudança. É preciso mudar em tempo útil”, sublinhou.

Devido ao agravamento da crise climática, o Comité dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas divulgou esta semana uma orientação sobre o que deve ser feito para respeitar o direito das crianças a um ambiente limpo, saudável e sustentável. De acordo com a Unicef, atualmente cerca de mil milhões de crianças vivem em países de risco extremamente elevado perante os efeitos das alterações climáticas e mais de 99 por cento estão expostas a pressões climáticas e ambientais. Segundo a Unicef, dois mil milhões de pessoas vivem sem acesso a água potável, das quais 600 milhões são crianças.