A pandemia que “nos atingiu e atinge e cujas consequências vamos vislumbrando e experimentando, são um enorme desafio”, disse Carlos Cabecinhas, sacerdote e reitor do Santuário de Fátima, na manhã desta sexta-feira, 5 de junho, na apresentação da estratégia de promoção dos ‘Caminhos da fé e espiritualidade no centro de Portugal’.

Segundo o responsável, a atividade turística “foi obviamente das mais atingidas”. “Temos consciência de que a confiança dos visitantes só pouco a pouco se reconquistará e as consequências da crise económica far-se-ão sentir necessariamente num setor como este.”

Carlos Cabecinhas deu conta do cenário vivido em Fátima em período de distanciamento social. “Aqui, em Fátima, o confinamento por causa da pandemia levou à total ausência de visitantes durante um largo período e atualmente, o regresso à normalidade possível deixa-nos perceber que a recuperação será necessariamente lenta”, lamenta o responsável, citado pelos serviços de comunicação do santuário.

Perante o atual panorama, o Santuário de Fátima procura “agora atrair de novo os peregrinos, sabendo que disso depende a retoma das restantes atividades ligadas ao turismo, na cidade de Fátima e sua envolvência, mas não só”. “Procuramos regressar à normalidade possível, conjugando o habitual programa celebrativo diário e as várias ofertas que fazemos a quem nos visita com os procedimentos de segurança, que visam proteger a saúde e transmitir a sensação de segurança”, disse o responsável, convidando os fiéis a deslocarem-se até Fátima uma vez que o santuário mariano “é um lugar seguro”.

No decorrer do período de confinamento o Santuário de Fátima procurou “ir ao encontro dos peregrinos portugueses”, através da transmissão das celebrações, e, agora o objetivo passa por “procurar uma maior eficácia na comunicação nas várias línguas com as quais o Santuário trabalha”, nomeadamente através do website da instituição.

Segundo Carlos Cabecinhas, pretende-se agora recuperar os peregrinos de Espanha, Itália, Polónia, Brasil, Estados Unidos da América, Ásia, Coreia do Sul, China, e América Latina. As nações do continente africano também se pretendem alcançar. Ao mesmo tempo, o templo mariano pretende “dar respostas positivas” a convites para encontros dedicados a Fátima, assim como “promover atividades que tornem Fátima conhecida e a visita ao Santuário desejada”.