Cónego João Aguiar foi condecorado pelo Presidente da República a 19 de janeiro de 2022 | Foto: Miguel Figueiredo Lopes | Presidência da República

A Missa exequial de João Aguiar Campos realiza-se esta sexta-feira, 28 de abril, na Sé de Braga, às 15h00. Após a Eucaristia, o cortejo fúnebre seguirá para o Campo do Gerês. João Aguiar faleceu quinta-feira, 27, “aos 73 anos, vítima de doença prolongada”, conforme indica a arquidiocese de Braga, em comunicado.

João Aguiar Campos nasceu a 23 de dezembro de 1949 na freguesia de São João do Campo, concelho de Terras de Bouro, no distrito de Braga. Foi sacerdote da arquidiocese de Braga e trabalhou durante cerca de quatro décadas na pastoral da comunicação social. Foi jornalista e diretor do jornal Diário do Minho, presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença Multimédia, diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja Católica, e foi ainda colaborador da revista FÁTIMA MISSIONÁRIA.

O cónego tem publicadas obras como “Rio abaixo”, “Descalço também se caminha”, “Morri ontem”, “Fragmentos”, “InTemporal”, “Flores de Feno” e “Cochichos”. O Secretariado Nacional das Comunicações Sociais entregou ao sacerdote, de forma honorífica, o prémio de jornalismo Dom Manuel Falcão. O Município de Terras de Bouro condecorou-o com a Medalha de Mérito Ouro. Na 23ª Edição dos Galardões “A nossa terra” recebeu o “Galardão carreira”. O sacerdote foi também distinguido com a Medalha Grau Ouro da Câmara Municipal de Braga. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, condecorou-o com o grau de Comendador da Ordem do Mérito.

“O padre João, como gostava de ser tratado, além da boa disposição que irradiava era um otimista confesso e nunca se furtava a escutar e a dirigir palavras de ânimo, confiança e alegria onde estivesse. Nem que fosse através do humor ou de anedotas, de que era exímio contador. (…) Apesar da doença oncológica que nos últimos anos ‘carregava’, o cónego João Aguiar Campos nunca perdeu o sorriso nem a coragem e a esperança”, lê-se no comunicado da arquidiocese de Braga.

Apesar da ideia da morte fazer parte dos seus dias, esta não o destabilizava. “A morte treina-se, é um culminar da vida e ela não tem poder nenhum para além do seu poder sobre o tempo. Ela fecha o capítulo visível e temporal; a vida não acaba mas transforma-se e eu quero transmitir a ideia de vida. Hoje esta ideia faz parte felizmente da pastoral da saúde”, disse, em declarações à agência Ecclesia, a propósito do lançamento do seu livro “Morri ontem”.