Foto: Nuno André Ferreira / Lusa

Os últimos sete anos devem ser registados como os mais quentes da história, alerta a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A agência das Nações Unidas destaca que o ano que agora termina “foi marcado por ondas recordes de calor, chuvas, inundações e incêndios que devastaram áreas extensas”.

A Organização Meteorológica Mundial lembra que “uma onda de calor no Canadá e em partes vizinhas do noroeste dos Estados Unidos elevou as temperaturas a quase 50°C em junho, na British Columbia, causando centenas de mortes e incêndios arrasadores”, sendo que a “mesma região foi alvo de chuvas fortes e cheias em novembro”.

Por sua vez, no Vale da Morte, na Califórnia, “os termómetros chegaram a 54.4°C durante várias ondas de calor extremo no sudoeste dos Estados Unidos, em julho”. O mesmo “ocorreu em partes do Mediterrâneo em agosto”. A região da Sicília, em Itália, chegou aos 48.8 °C.

Também este ano, na China, ocorreram “enchentes na província de Henan, um recorde na região”. Em meados de julho, a Alemanha e a Bélgica “receberam muita chuva com deslizamentos de terra” e enchentes que causaram “mais de 200 mortes”. Já em Manaus, no Brasil, o Rio Negro “atingiu o seu ponto máximo com enchentes que começaram no norte da América do Sul”. A seca no sul do Brasil, no Paraguai, Uruguai e no norte da Argentina alarmou as autoridades e prejudicou plantações e colheitas. No Corno de África, a “seca agravou a crise humanitária incluindo na Somália e no sul de Madagáscar”.

A Organização Meteorológica Mundial considera que os países “precisam de investir em infraestruturas hídricas e de gestão de desastres naturais com urgência”. Em 2022, a agência das Nações Unidas espera continuar a trabalhar com países-membros e parceiros, com o objetivo de fortalecer sistemas de alerta de desastres e ajudar a fechar as lacunas de temperatura e de redes de observação hidrológica em países em desenvolvimento, de forma a garantir a subsistência daqueles povos.