A catedral de Notre Dame antes do grande incêndio que obrigou à reconstrução liderada por Jean-Louis Georgelin | Foto © Ali Sabbagh / Wikimedia Commons

Um sinal de esperança não só para os católicos, como para o mundo inteiro. É assim que Olivier Ribadeau Dumas, reitor e arcipreste da catedral de Notre-Dame, em Paris, classifica a notícia da reabertura deste edifício, que acontecerá a 7 de dezembro deste ano.

“Enquanto vivemos num mundo fraturado, de tensões, de desespero, a reabertura de Notre-Dame é um formidável sinal de esperança: o que parecia morto continua de pé, graças à solidariedade de todos aqueles que o tornaram possível”, afirma Dumas, numa entrevista ao L’Osservatore Romano, jornal do Vaticano, citada pelo portal de notícias espanhol Religión Digital.

O reitor informa que a cerimónia de dia 7 de dezembro acontecerá na presença de várias autoridades. Já na manhã de dia 8, terá lugar a consagração do novo altar, seguida de celebração de missa. No dia 9, será celebrada nova eucaristia, com a presença de vários bispos e padres de França e de outras partes do mundo. “Nos dias que se seguem, até 15 de dezembro, serão celebradas missas solenes de manhã para as obras de caridade, para os pobres, para as comunidades religiosas, para os jovens, para os doadores, para os cuidadores, etc. Finalmente, nos meses seguintes, Notre-Dame acolherá os peregrinos, primeiro da região parisiense, depois de toda a França”, acrescenta Dumas.

“Antes do incêndio, provavelmente não nos apercebíamos do quanto o mundo inteiro estava ligado a Notre-Dame. Pouco tempo depois, o académico francês Adrien Goetz falou de ‘Nossa Senhora da Humanidade’. Isto explica-se pelo facto de esta igreja não pertencer a ninguém, nem a católicos nem a franceses, mas representar uma parte do bem comum da humanidade onde, sob a proteção da Virgem Imaculada, todos podem encontrar refúgio”, afirma o reitor.

A Catedral de Notre-Dame encontra-se encerrada desde o dia 15 de abril de 2019, quando foi assolada por um violento incêndio que danificou a sua estrutura e que obrigou a um longo processo de restauro interior e exterior que só este ano estará completamente concluído.

Texto redigido por 7Margens, ao abrigo da parceria com a Fátima Missionária.