Ação do voluntariado do Turismo de Portugal no Bairro do Zambujal | Foto: DR

O Turismo de Portugal apadrinha o ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis. É neste contexto que escutámos Leonor Picão, diretora coordenadora da Direção de Recursos e da Oferta no Turismo de Portugal.

Porquê apoiar este projeto?
O Bairro do Zambujal, concebido nos anos 70 pelos arquitetos Victor Figueiredo e Duarte Cabral de Mello, localiza-se em Alfragide, na Amadora. O seu planeamento urbano e a presença do Aqueduto das Águas Livres dão-lhe um encanto único e um enorme potencial turístico, atividade que se pretende cada vez mais sustentável. Ao apadrinhar o ODS 11, estamos a contribuir para a criação de rotas à ‘Galeria ODS de arte urbana’, ao aqueduto, mas também para a formação de jovens, a requalificação de espaços urbanos e a promoção artística e social. É indissociável a relação do turismo com o território, e o nosso papel é garantir a sustentabilidade das experiências que permitam o equilíbrio entre turistas e residentes.

O ODS 11 pretende tornar as comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis. Ao apoiar projetos como este, que sinal está o Turismo de Portugal a dar?
A nossa ‘Estratégia Turismo 2027’ pretende assumir um papel de liderança para posicionar Portugal como um dos destinos turísticos do mundo mais sustentáveis e seguros. A parceria com a Ad Gentes integra-se no plano ‘Turismo +Sustentável 20-23’ e procura demonstrar boas práticas de sustentabilidade dando visibilidade ao seu papel, enquanto entidade pública, de poder contribuir para a identificação, proteção e salvaguarda do património cultural, assim como desenvolver novas experiências turísticas para atenuar as assimetrias sociais e valorizar o território.

Qual a importância da ação de ‘team building’ que a equipa do Turismo fez no bairro?
Lançámos o desafio aos colaboradores que já tinham aderido à ‘Carta de compromisso do colaborador + sustentável’, que tem por objetivo que todos, profissional e pessoalmente, se comprometam em adotar boas práticas dentro e fora do local de trabalho. O resultado e toda a experiência foi muito gratificante, não só pelo bom desempenho no trabalho preparatório das pinturas, mas também pela interação com os residentes, reforçando o papel de todos como agentes de mudança social. Contribuiu para aumentar o sentimento de pertença local e quebrar barreiras e estereótipos externos, proporcionando a reflexão e debate sobre a importância da redução das desigualdades nas comunidades e no turismo.

Texto: Mário Linhares