A primeira sessão da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos está atualmente em curso, no Auditório Paulo VI, no Vaticano, onde vai decorrer até 29 de outubro, depois de ter iniciado na última quarta-feira, dia 4, com o tema “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”.

Os trabalhos incidem sobre o documento ‘Instumentum Laboris’ (IL), elaborado com material recolhido durante a consulta global às comunidades católicas de todo o mundo, e que apela à criação de comunidades inclusivas, ao reforço da presença das mulheres na “tomada de decisões” dentro das comunidades católicas, e incide sobre “aqueles que não se sentem aceites na Igreja”, como os divorciados e recasados ou “as pessoas LGBTQ+”.

Uma das mais de 250 perguntas dirigidas aos participantes na Assembleia Sinodal de 2023 é precisamente – “Como podemos criar espaços em que aqueles que se sentem magoados pela Igreja e não bem-vindos pela comunidade possam sentir-se reconhecidos, acolhidos, não julgados e livres para fazer perguntas?” – conforme indica a Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, em comunicado.

Também estarão em foco os “sinais de graves crises de confiança e de credibilidade”, nomeadamente a crise causada por abusos sexuais, de poder, de consciência, económicos e institucionais. As sínteses das Conferências Episcopais e das assembleias continentais apelam a uma “opção preferencial” pelos jovens e pelas famílias, convidando a “renovar a linguagem usada pela Igreja”. De forma a evitar o uso de papel, os participantes vão usar tablets para votar, descarregar e ler.