A entrada para a casa dos Missionários da Consolata, em Fátima, está diferente. Está mais colorida e tem uma mensagem, que é transmitida através de palavras, mas também de desenhos. Por detrás de toda a cor estão oito jovens que fazem parte do Pro-Voca, um grupo dos Missionários da Consolata em Fátima.

Os jovens responsáveis por toda a nova cor são Alexandre Prazeres, Rita Prazeres, Beatriz Pereira, Sara Marques, Elisabete Amaral, Carla Ratinho, Hugo Silva e Anaísa Silva. Têm idades compreendidas entre os 13 e os 20 anos e residem na zona de Fátima e nos seus arredores, nomeadamente na Maxieira, São Mamede e Chainça.

Em entrevista à FÁTIMA MISSIONÁRIA, os jovens explicaram com detalhe todo o processo que deu lugar ao que agora é visível por todos. O desenho onde surge o planisfério no interior de um coração junto do Papa Francisco foi criado por Rita Prazeres, que este ano concluiu o décimo ano, na área de artes. A imagem que pretende sensibilizar o público para a beleza da ‘casa comum’ e para a presença da oração na vida de todos os crentes foi uma proposta dos animadores do Pro-Voca.

Os jovens estiveram envolvidos na limpeza da parede, na sua pintura a branco, na projeção dos desenhos a pintar durante a noite, e no processo de lhes dar cor. Um trabalho levado a cabo ao longo de vários dias. “Foi um trabalho em equipa, que contribuiu para unir mais grupo”, disse Carla, a única jovem do grupo que não é batizada, mas que pretende sê-lo, e que olha para todo este processo como uma preparação para o seu batismo, que deseja fazer.

Por sua vez, Alexandre recorda a “curiosidade” das pessoas que viam o grupo, e que os felicitavam e apoiavam por toda a sua dedicação. Sara afirma que todo o processo foi “muito gratificante”, e que os pais, que já viram o trabalho, afirmam que “valeu a pena todo o esforço envolvido”.

Todos estes jovens vão participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), integrados no grupo dos Missionários da Consolata, e já estiveram em contacto com participantes do Brasil, Moçambique e Essuatíni. A comunicação acontece, sobretudo, em inglês. Para Sara, a expetativa é a de que a jornada possa ser uma ocasião para “criar novas amizades e levá-las para a vida”.

Texto e fotos: Juliana Batista