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Aos 29 anos, Augusto Faustino foi ordenado sacerdote. A cerimónia de ordenação foi uma ocasião para deixar Portugal, onde tem estado em missão, e rumar ao país onde nasceu e cresceu – Moçambique. A celebração aconteceu no Santuário de Nossa Senhora da Consolata, em Massangulo, no passado dia 18 de setembro.

“A ordenação sacerdotal correu muito bem. Foi um momento de muita alegria. Estiveram presentes os meus pais, avós, irmãos, tios, outros familiares e amigos que vieram testemunhar este momento único. Participaram também vários missionários da Consolata que trabalham naquela região nortenha do país, as irmãs, alguns padres diocesanos, e ainda as autoridades do governo do distrito de Ngaúma”, recorda o recém-sacerdote, proveniente da paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Mecanhelas.

Pouco tempo depois da sua ordenação sacerdotal, a 10 de outubro, Augusto celebrou o seu 30.º aniversário, na sua terra natal. O momento foi revestido de especial significado, porque “há vários anos” que o jovem não celebrava o aniversário junto dos seus familiares. “É sempre bom voltar a casa e reviver os momentos do passado com os amigos de longa data, lembrar momentos de alegria, tristeza e brincadeiras. Foi o momento para estar com os meus parentes e restantes familiares visto que não tem sido frequente visitá-los a cada ano”, conta o jovem, que não ia à sua terra natal desde 2019.

Augusto já está de volta a Portugal, e tem delineado o seu local de missão. “Fui destinado à comunidade do Bairro do Zambujal, no município da Amadora, onde vou poder exercer o meu ministério sacerdotal no seio daquela gente. É neste ambiente onde procurarei sempre dar testemunho a todos, anunciando o evangelho com a minha própria vida, estando sempre presente nos momentos de alegrias e tristezas daquelas pessoas”, sublinha o missionário, que afirma estar feliz com o rumo que escolheu dar à sua vida.

“Sinto-me feliz por ser sacerdote e não me arrependo por ter escolhido este caminho e por entregar a minha vida a Deus. Compreendo o meu sacerdócio como o serviço aos outros, aos irmãos, e aos demais, mas que deve ser feito com muita humildade. A vida coloca-nos desafios e não devemos ficar de braços cruzados. Procuremos aceitar aquilo a que a vida nos desafiar”, propõe o missionário.

Texto: Juliana Batista