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Desmond Tutu, arcebispo anglicano, faleceu este domingo, 26 de dezembro, aos 90 anos de idade. O Papa Francisco enviou as suas condolências à família daquele que foi o prémio Nobel da Paz em 1984, e destacou o papel deste na “promoção da igualdade e reconciliação racial” na sua terra natal, conforme se pode ler no texto enviado a Peter B. Wells, embaixador da Santa Sé na África do Sul.

Os serviços de comunicação do Vaticano recordam Desmond Tutu como um “símbolo da resistência ao apartheid, promotor da reconciliação, consciência da África do Sul”, enaltecendo a sua “luta incansável e não violenta contra o regime racista”, assim como os seus esforços no processo de reconciliação nacional.

O arcebispo anglicano tinha já sido alvo de referência pelo Papa Francisco, na sua encíclica ‘Fratelli Tutti’, onde o Sumo Pontífice refere – “Neste espaço de reflexão sobre a fraternidade universal, senti-me motivado especialmente por São Francisco de Assis e também por outros irmãos que não são católicos: Martin Luther King, Desmond Tutu, Mahatma Mohandas Gandhi e muitos outros”.

Em território nacional, Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República de Portugal, caracterizou Desmond Tutu como “uma das grandes figuras do século XX”, que “deixa um legado para toda a humanidade”. O Chefe de Estado português identifica Desmond Tutu um “lutador maior pela justiça social, direitos humanos, liberdade e pluralismo na África do Sul”.