Foto: EPA / Yahya Arhab

Em 2022, 274 milhões de pessoas em todo o mundo vão precisar de ajuda e proteção de emergência, o que corresponde a um aumento de 17 por cento em comparação com os 235 milhões do período anterior, alerta a Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo António Guterres, secretário-geral da ONU, ao longo deste ano, as agências humanitárias distribuíram alimentos, medicamentos e outros bens essenciais que permitiram salvar a vida de 107 milhões de pessoas, mas, segundo o responsável, “é preciso fazer mais para superar os atuais níveis de financiamento”. Guterres afirma que o mundo “se deve unir para apoiar crianças, mulheres e homens que não têm a quem recorrer”.

Martin Griffiths, subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários, lembra que os efeitos das alterações climáticas atingem “primeiro, e de forma mais grave, as pessoas mais vulneráveis”. A somar às catástrofes naturais, os conflitos prolongados fazem aumentar a instabilidade, algo que atualmente se verifica na Etiópia, Mianmar e Afeganistão. Ao mesmo tempo, Martin Griffiths lembra que a covid-19 “ainda não acabou, e que países menos desenvolvidos enfrentam privações no acesso a vacinas”.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estima que mais de um por cento da população mundial esteja deslocada e que a pobreza extrema se encontre novamente em alta. Na maioria das crises, as mulheres e raparigas são as que mais sofrem. Segundo as Nações Unidas, 45 milhões de pessoas encontram-se a viver em 43 países que estão na iminência de sofrer com fome.

Perante este drama, cerca de 120 organizações da sociedade civil, entre elas cerca de uma centena de países afetados pela fome, publicaram uma carta pedindo aos líderes mundiais que financiem totalmente a resposta para fazer face a este cenário dramático no mundo.

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