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No período de dois anos da pandemia, um por cento da população mais rica viu o valor de seus ativos aumentar em 26 triliões de dólares, capturando 63 por cento do aumento total da riqueza líquida global, refere o novo relatório da organização humanitária Oxfam, intitulado “Sobrevivência dos mais ricos”, publicado por ocasião do Fórum Económico Mundial, que está a decorrer em Davos, na Suíça, até ao próximo sábado, 20 de janeiro, depois de ter iniciado terça-feira, 16.

De acordo com o relatório, os multimilionários aumentam diariamente a respetiva riqueza em 2.700 milhões de dólares (2.500 milhões de euros), e é dado o exemplo de Elon Musk, um dos homens mais ricos do mundo, que diz ter pago uma “verdadeira taxa de imposto” de cerca de três por cento entre 2014 e 2018, e de Aber Christine, um vendedor de farinha no Uganda, que ganha por mês 80 dólares (74 euros) e que paga uma taxa de imposto de 40 por cento.

Uma análise da Fight Inequality Alliance, Institute for Policy Studies, Oxfam e the Patriotic Millionaires, indica que um imposto anual sobre a riqueza de até cinco por cento sobre bilionários e multimilionários em todo o mundo poderia angariar por ano 1,7 biliões de dólares (1,57 biliões de euros). Segundo estimaram as entidades, a receita seria suficiente para tirar dois biliões de pessoas da pobreza e cumprir um plano de dez anos para acabar com a fome.