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A 208.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) teve lugar em Fátima e terminou quinta-feira, 16 de novembro, depois de ter iniciado no princípio da semana, dia 13. O encontro foi uma ocasião para “refletir sobre a realidade social do país e das instituições de solidariedade social da Igreja”, conforme se pode ler no comunicado final da assembleia.

Para os participantes do encontro, é motivo de preocupação a “grave situação em que vivem muitas famílias no nosso país, com a dificuldade de acesso a bens essenciais e à habitação, às quais começa a faltar a esperança de recuperar das situações de fragilidade em que se encontram”. Neste contexto, são lembradas as “mais de 1700 instituições de solidariedade social da Igreja que, diariamente, ao lado dos mais carenciados, procuram não deixar morrer a sua esperança, apesar de se encontrarem, também elas, em dramáticas situações no que se refere à sua sustentabilidade e viabilidade futuras”.

Face a este cenário, a CEP lembra compromissos assinados e expetativas para o futuro. “O Estado assinou com as entidades representativas do Setor Social (IPSS) o Pacto de Cooperação (23/12/2021) no qual assumiu aumentar os Protocolos de Cooperação para assumir como mínimo 50 por cento dos custos nas respostas sociais. Atualmente, este apoio do Estado situa-se nos 38 por cento, segundo os dados objetivos das entidades representativas do setor. É urgente atingir os 50 por cento que são definidos no referido Pacto para viabilizar as Instituições sociais em Portugal. Neste período especial de preparação de eleições, esperamos dos partidos políticos uma programação que contemple a viabilidade do Setor social.”

A Conferência Episcopal Portuguesa é constituída pelos bispos das dioceses de Portugal, e para tecer uma análise sobre a situação de carência em que vivem muitas pessoas, a assembleia plenária em Fátima contou com a participação de Lino Maia, sacerdote e presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Manuel Lemos, presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, e Pedro Vaz Patto, presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz.