Perto de 675 milhões de pessoas vivem sem eletricidade, segundo um relatório publicado por diversas entidades, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Banco Mundial (BM). Na África subsariana, cerca de 80 por cento das pessoas vive sem acesso à eletricidade, um cenário que se manteve quase idêntico ao panorama de 2010.

“Embora a transição para as energias limpas esteja a progredir mais rapidamente do que muitos esperam, ainda há muito a fazer para proporcionar um acesso sustentável, seguro e a preços acessíveis a serviços energéticos modernos aos milhares de milhões de pessoas que deles estão privadas”, disse Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional da Energia, num comunicado citado pela agência Lusa.

Segundo o relatório publicado neste mês de junho, a crescente dívida e a subida dos preços da energia diminuem as perspetivas de atingir o acesso universal a cozinha e eletricidade limpas. Sem que sejam tomadas novas medidas, as atuais projeções mostram que 1,9 mil milhões de pessoas não terão acesso a métodos de cozinha limpos e 660 milhões não terão acesso à eletricidade em 2030. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 3,2 milhões de pessoas perdem a vida anualmente devido a doenças provocadas pela utilização de combustíveis e tecnologias poluentes.