Um grupo de jovens oriundo de Turim, em Itália, esteve em Portugal a participar na iniciativa “Eu sou uma missão”, entre os passados dias 22 de julho e 3 de agosto. Ao longo deste período, os mais novos contactaram com pessoas idosas, interagiram com a população multicultural do bairro do Zambujal, na Amadora, e fizeram uma peregrinação a pé a Fátima, depois de terem partido de Minde.

A jornada foi organizada pelo escritório missionário da diocese de Turim, em Itália, coordenado por Claudia Favaro, e pelos Missionários do Consolata. A atividade contou com a orientação espiritual de sacerdotes de Turim, nomeadamente Alessio Toniolo, Nicholas Muthoka, Fabio Malesa, Jhon Nkinga e Elmer Peláez.

A iniciativa teve como propósito “formar jovens que vivem o seu quotidiano com horizontes reduzidos, carências, diversos tipos de pressões”, procurando “enriquecer a sua bagagem cultural e espiritual”, conforme explicou Elmer Peláez. Além da peregrinação, os jovens italianos também participaram noutras dinâmicas, que envolveram a Pastoral Missionária do bairro do Zambujal, na Amadora, coordenada pelos sacerdotes José Matias e Geoffrey Menya.

“A peregrinação tem reflexões importantes na viagem da vida, uma vez que os peregrinos têm a oportunidade de conhecer pessoas diferentes, movidas pelas suas motivações pessoais. É uma experiência de vida onde se compartilha a liberdade, a vontade e a fé. Nem sempre seguimos em frente como queremos, mas sim como podemos, e a partir daqui decidimos valorizar o que vemos, admiramos e pensamos. Às vezes rimos porque estamos felizes, ou calamo-nos, para apreciar a voz que vem de dentro”, demonstrou o padre Elmer Peláez, sublinhando como a iniciativa foi uma ocasião de grande reflexão para todos os envolvidos.

“Em direção à casa do pastorinhos, cada um de nós é chamado a refletir sobre a importância de ajudar os outros, na consciência de fazer o bem, sobre a importância de fazer sacrifícios, bem como entender que, para realizar o que queremos, precisamos de fazer sacrifícios. Vejo peregrinos que vêm de diferentes partes do mundo, com uma fé que não pode ser compreendida apenas humanamente, porque é uma experiência divina. Foi sem sombra de uma dúvida uma experiência única, como acontece cada vez que se está prestes a empreender uma peregrinação”, destacou o missionário da Consolata.