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O governo português está a apostar no ensino da língua portuguesa, através de um programa coordenado pelo Ministério da Educação e pela Secretaria de Estado para a Igualdade e Integração, para acolher e integrar os estrangeiros de forma mais rápida. O sucesso desta medida pode aferir-se pelos resultados alcançados por muitas crianças ucranianas, que se destacam entre os alunos com melhores resultados nas escolas portuguesas.

“Uma parte considerável dos estrangeiros que vivem em Portugal, vem dos países de língua portuguesa, e portanto a língua não é uma barreira, pelo contrário, é um traço de união. Mas quando falamos de muitos outros migrantes, aqueles que vêm da África, aqueles que vêm da Europa do Leste e outras partes do mundo, nesses casos, a barreira da língua pode ser uma barreira muito forte. E por isso, o nosso Ministério da Educação e a nossa Secretaria de Estado para Igualdade e Integração desenvolvem este programa de português língua de acolhimento”, explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, numa entrevista à ONU News.

Segundo o governante, Portugal tem mantido uma política de acolhimento de cidadãos de várias partes do globo, e acolhe atualmente cerca de 600 mil estrangeiros, entre eles muitos migrantes e refugiados. “Também é muito importante facilitarmos a vida àquelas pessoas que querem residir em Portugal, durante um certo período de tempo, porque têm aqui um trabalho, porque estão aqui para estudar, porque estão aqui para ensinar e portanto, as autorizações, primeiro os vistos para entrar no país, e depois as autorizações de residência para estudo e para trabalho podem e devem ser simplificadas. Evidentemente, quanto mais simplificadas forem, melhor nós estamos a agir no que diz respeito à integração dos migrantes”, acrescentou Santos Silva.