animais selvagens

A agência das Nações Unidas para a Droga e o Crime (UNDOC, na sigla em inglês) desafia os governos a reforçarem a legislação e cooperação para travar o tráfico massivo da fauna e flora selvagens, um mercado que coloca em risco a saúde pública e que dá sinais de crescimento nesta fase de pandemia, com a promessa de curas para a doença através de produtos animais.

Entre 1998 e 2018 foram apreendidas quase 6.000 espécies diferentes destinadas ao tráfico ilegal de vida silvestre, não só mamíferos, mas também répteis, corais, pássaros e peixes, que ao serem comercializados de forma ilegal, sem qualquer controlo sanitário, expõem os humanos à transmissão de novos vírus, refere um estudo recente da UNDOC.

De acordo com a agência da ONU, o tráfico de vida silvestre é atualmente tão variado que nenhuma espécie representa mais de cinco por cento das apreensões, nem há um só país que seja fonte de mais de nove por cento dos envios capturados. Entre 2009 e 2013, as espécies arbóreas mais traficadas foram o pau-rosa (40, 7 por cento das apreensões). Os elefantes ocupavam o segundo lugar (33,1 por cento), seguidos pelos rinocerontes (5,5 por cento), répteis variados (4,3 por cento) e pangolins com quatro por cento.

E apesar das medidas restritivas de mobilidade impostas pela pandemia, a caça furtiva, o tráfico e o movimento ilegal de várias espécies protegidas e seus produtos derivados através das fronteiras regionais, nacionais e internacionais continuam sem dar sinais de abrandamento. Em 2019, e na primeira metade de 2020, mantiveram-se as apreensões de importantes quantidades de marfim, cornos de rinocerontes, pangolins e pau-rosa, alerta a UNDOC.