Nesta quinta-feira, 11 de dezembro, a FÁTIMA MISSIONÁRIA e o 7Margens não publicam nenhuma notícia, nem qualquer outro texto, em solidariedade com a greve geral a que os jornalistas, através do seu sindicato, aderiram e porque a redação de ambos os meios de comunicação entende, tal como outros jornalistas, que “a aprovação do projeto de alteração da legislação laboral constitui um retrocesso civilizacional, com o efeito primordial de facilitar a exploração das pessoas assalariadas mais frágeis”.
Respondemos assim ao apelo “à solidariedade de todos os trabalhadores para reagir a esta revisão proposta para servir exclusivamente aos interesses dos patrões e que, por isso mesmo, se procura aprovar sem qualquer real e honesta negociação com as estruturas sindicais”.
“Os jornalistas – lê-se no pré-aviso de greve entregue pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas, Luís Filipe Simões – são também trabalhadores cada vez mais proletarizados e sofrerão também se for aprovada a Agenda Trabalho XXI, que em vez de preparar o trabalho para o futuro contribui para facilitar violências contra quem trabalha.”
Por outro lado, sete ex-presidentes do mesmo sindicato – Cesário Borga, José Pedro Castanheira, Joaquim Letria, António Matos, Diana Andringa, Alfredo Maia e Sofia Branco – divulgaram o seu apoio à adesão dos jornalistas à greve geral, alegando entre outras com esta razão: “A legislação proposta, a ser executada, aumentará também a precariedade dos e das jornalistas, com impacto direto na liberdade de imprensa e, portanto, na qualidade da democracia.”
Este é o resumo do que leva as redações da FÁTIMA MISSIONÁRIA e do 7Margens a tomarem a decisão de também pararem por um dia. Estamos certos que os nossos leitores compreenderão a justeza desta decisão. Voltaremos às notícias e à opinião na sexta-feira, 12 de dezembro, durante a manhã.
Texto publicado pela FÁTIMA MISSIONÁRIA e pelo 7Margens, ao abrigo de uma parceria entre os dois meios de comunicação.
