O tema das migrações está em foco no Santuário de Fátima, com a Peregrinação Nacional do Migrante e do Refugiado, que inicia esta terça, dia 12. Na conferência de imprensa dedicada a esta peregrinação, Eugénia Quaresma, diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), demonstrou como as migrações podem ser uma oportunidade de enriquecimento.
“Os migrantes entre nós e os migrantes que estão lá fora ajudam-nos a crescer em humanidade, na capacidade de diálogo, e de construir pontes. É urgente envolver a sociedade civil neste diálogo e nesta capacidade de crescer juntos, não por oposição. Precisamos dos migrantes, precisamos de promover e anunciar esta verdade, precisamos de anunciar iniciativas da sociedade civil que caminham neste sentido, nesta capacidade de construir pontes, de promover a interculturalidade, de cultivar relações saudáveis e enriquecedoras”, disse a responsável.
José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, aproveitou a ocasião para agradecer a todos quantos se dedicam ao acolhimento dos migrantes em situação de fragilidade. “Em nome da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana agradeço o testemunho e envolvimento de todos os organismos e instituições ecleciais e civis na defesa das pessoas migrantes”, disse. “Não posso deixar de salientar o esforço de diversas autarquias e paróquias no apoio ao acolhimento e integração de migrantes estrangeiros. No contexto do ano jubilar que estamos a celebrar, desejo que esta peregrinação dos migrantes seja para todos uma graça e um reforço de esperança”, acrescentou.
A Peregrinação Nacional do Migrante e do Refugiado a Fátima é uma iniciativa que faz parte do programa da 53ª Semana Nacional das Migrações, dinamizada pela Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), com o tema “Migrantes, missionários da esperança”, título da mensagem do Papa Leão XIV para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, celebrado dias 4 e 5 de outubro.
Eugénia Quaresma referiu mesmo que “hoje, os ‘missionários de esperança’ são os migrantes e são todos aqueles que vivem o Evangelho e geram espaços de fraternidade”. A presidir às cerimónias destes dois dias está Joan-Enric Vives, arcebispo emérito de Urgel (Espanha), que agora participa pela segunda vez numa grande peregrinação na Cova da Iria.








