Com o objetivo de ajudar refugiados, deslocados à força e migrantes em situação de vulnerabilidade, a Companhia de Jesus fundou em 1980 o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS, na sigla em inglês), que atualmente está presente em cerca de 50 países. Em Portugal, este serviço existe desde 1992, levando até estas pessoas apoio social, psicológico, jurídico, médico, formação para o emprego e em língua portuguesa, e acompanhamento para a integração profissional.
A pensar nos imigrantes sem-abrigo, e com o propósito de lhes proporcionar condições como alojamento e alimentação, este serviço detém o Centro Pedro Arrupe, em Lisboa. Há ainda o Centro de Acolhimento Cristo Rei, em Vila Nova de Gaia, e o Centro de Acolhimento de Vendas Novas, em Évora, entre outros espaços onde diariamente são atendidas pessoas em busca de ajuda. Em declarações à FÁTIMA MISSIONÁRIA, Fernando Ribeiro, sacerdote jesuíta e diretor geral adjunto do JRS, explicou a importância de alguns destes espaços.
“Temos dois centros de acolhimento para requerentes de asilo: um em Vendas Novas, que era um antigo colégio dos Salesianos, e outro em Vila Nova de Gaia, que era um antigo colégio dos Redentoristas. Nestes dois centros trabalhamos com pessoas que estão a pedir proteção a Portugal. Em cada um destes sítios desenvolvemos atividades, de forma a prepará-los e a inseri-los na sociedade. Nestes processos, eles vêm com muitos traumas e precisam de acompanhamento psicológico. Temos uma equipa de tradutores e intérpretes porque recebemos pessoas de muitos países”, explicou o padre Fernando.
O JRS tem também a missão de coordenar a Plataforma de Apoio aos Refugiados, que é responsável pelo acolhimento de pessoas ao abrigo dos programas de recolocação, reinstalação, admissões humanitárias e proteção temporária. Com o propósito de ter um impacto político, o JRS desenvolve ainda um “trabalho importante de advocacy” –“A partir da nossa experiência de trabalho, fazemos algumas reflexões sobre o que se está a passar com as migrações em Portugal, e vamos sugerindo à sociedade e ao governo algumas medidas, de forma a ajudar os migrantes.”
Texto: Álvaro Pacheco e Juliana Batista








