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Ao tentarem fugir do Myanmar ou do Bangladesh no ano passado, pelo menos 569 pessoas da minoria birmanesa rohingya morreram ou desapareceram. Entre as vítimas, 66 por cento eram crianças e mulheres. Segundo o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), há “cada vez mais pessoas em desespero que perdem a vida sob o olhar de vários Estados costeiros”.

No passado mês de novembro, cerca de 200 pessoas podem ter morrido quando o barco em que estavam afundou no Mar de Andamão. Entre os meses de janeiro e agosto, ocorreram pelo menos três naufrágios graves com 30 mortos e 177 desaparecidos. O ACNUR sublinha que estes números servem como “um lembrete ameaçador de que a incapacidade de agir para salvar pessoas em perigo provocou mortes”.

Relatos de sobreviventes mostram que estes foram vítimas de abuso e exploração durante a viagem, incluindo violência baseada no género. Face a este cenário, o ACNUR renovou o apelo para salvar vidas e pessoas em perigo no mar, que classifica como “um imperativo humanitário, associado ao dever das nações de cumprir o direito marítimo internacional.”