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O júri do Prémio Direitos Humanos 2022, da Assembleia da República Portuguesa, deliberou por unanimidade, propor a atribuição do Prémio Direitos Humanos 2022 à Fundação Allamano, pelo seu trabalho de relevo no acolhimento e integração de jovens refugiados e da Ucrânia, proposta que mereceu a concordância de Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República de Portugal.

Foi com surpresa que a fundação dos Missionários da Consolata recebeu o anúncio da atribuição deste prémio, o qual representa o reconhecimento e a confiança depositados pelo Estado português no trabalho que a instituição desenvolve junto dos mais frágeis, pobres e desfavorecidos da humanidade, nomeadamente com o acolhimento e integração de refugiados. A cerimónia de atribuição do Prémio Direitos Humanos 2022 acontece esta quarta-feira, 14 de dezembro, pelas 12h00, na Assembleia da República, na sessão comemorativa do Dia Nacional dos Direitos Humanos.

A sociedade civil, através de outras Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), já tinha atribuído,  o passado dia 22 de fevereiro, o “Prémio personalidade intercultural 2021 – Categoria ajuda humanitária”, à Fundação Allamano, relativamente ao trabalho desenvolvido na área da ajuda humanitária e interculturalidade. Estes prémios colocam a Fundação Allamano como uma instituição de topo e de referência no panorama  acional das IPSS.

Este reconhecimento deve-se ao trabalho dos vários órgãos da Fundação Allamano. Destaque para o seu conselho de administração, constituído por cinco pessoas voluntárias, com formação e idades diferentes, mas movidas pelo espírito de José Allamano, fundador dos Missionários e Missionárias da Consolata. Nas decisões quotidianas que foram necessárias adotar, sempre se procurou discernir a vontade do fundador e de Deus, para as questões e respostas sempre difíceis que são necessárias na governação da fundação.

Posso testemunhar a experiência conjunta que tivemos, ao procurar as melhores soluções aos difíceis desafios que surgiam. Confesso que, invariavelmente, fomos surpreendidos pelas respostas do Pai, que surgiram sempre no tempo certo e oportuno com uma clareza que certamente ofuscava a nossa vontade e a nossa visão tão humanamente reduzida sem aquele horizonte divino. O sucesso está no método adotado, provocadoramente simples – Amar-nos uns aos outros – como Jesus ensinou, o beato José Allamano testemunhou e ao qual nós, seus discípulos, pretendemos ser fiéis, submetendo a nossa vontade ao Pai para colher os seus melhores frutos.

Texto: Sérgio Soares, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Allamano