A peregrinação internacional aniversária de outubro ao Santuário de Fátima reúne milhares de peregrinos no recinto de oração da Cova da Iria. Na homilia da missa desta quinta-feira, 13 de outubro, José Ornelas Carvalho, bispo na diocese de Leiria-Fátima, lembrou que hoje se celebra a “solenidade da sagração da Basílica de Nossa Senhora do Rosário”, que “representa a imagem de Fátima no mundo”, e destacou a importância da ação humana ligada a estas infraestruturas.

“Independentemente da sua maior ou menor beleza, os templos de pedra de nada servem se não forem expressão da presença poderosa e carinhosa do Senhor Jesus, que cuida, cura, reconcilia e sara feridas de vida, propondo novos caminhos de vida. Nessa tarefa são importantes aqueles que nele residem e trabalham e os muitos que livre e voluntariamente colaboram para acolher, como irmãos e irmãs, os peregrinos que chegam”, demonstrou o prelado.

“Habitualmente, os peregrinos não ficam no santuário. Voltam para as suas vidas e os seus caminhos. Não se trata de um simples retorno a casa: os santuários são também lugares de partida desses peregrinos, para que sejam testemunhas e missionários da luz, da força e da esperança que o santuário lança nas suas vidas, para a levarem e partilharem com quem mais precisa. O santuário é como o estacionamento dos carros elétricos dos nossos dias, que fornecem a oportunidade de encontrar carregadores do amor de Deus que vem ao nosso encontro e nos permite continuar a caminhada da vida até ao encontro definitivo com Ele no verdadeiro santuário da vida que não tem fim”, disse José Ornelas, fazendo depois referência ao templo mariano da Cova da Iria.

“O santuário que aqui foi construído para celebrar a presença materna de Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, cuja dedicação hoje celebramos, não é apenas um memorial do passado e da história de três pastorinhos. Ele só tem sentido se for local do encontro dinâmico de cada peregrino com Cristo, de profissão conjunta da fé, em tantas línguas do mundo e de partida para levar o testemunho ativo dessa no nosso regresso a nossas casas e às nossas atividades”, referiu o prelado. De acordo com o Santuário de Fátima, esta peregrinação conta com “mais de 110 grupos inscritos, o que depois de dois anos de pandemia volta a ser uma novidade”. O grupo “mais expressivo é oriundo da Itália com 19 peregrinações, seguido dos Estados Unidos da América, da Polónia e de Espanha”.