O Dia Internacional da Mulher é assinalado esta terça-feira, 8 de março. A propósito da data, Silvia Pimentel, jurista, deixa um alerta. “A subalternidade, a violência, não é uma fatalidade a ser vivida por nós, mulheres. Foi algo que foi construído. É esse algo que nós, feministas, e muitas mulheres, estão a procurar reconstruir”, disse a profissional, em declarações aos serviços de comunicação das Nações Unidas.

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que os efeitos das alterações climáticas “podem levar a mais violência baseada no género, aumento de casamentos infantis e pioria da saúde sexual e reprodutiva”. Mulheres e meninas são ainda “mais propensas a carregar o fardo da pobreza energética e a sofrer os efeitos adversos da falta de energia segura, confiável, acessível e limpa”.

De acordo com informações recolhidas pelas Nações Unidas as mulheres “são responsáveis por entre 50 e 80 por cento da produção de alimento mundial, mas possuem menos de dez por cento das propriedades”. Nas regiões urbanas, “40 por cento das famílias mais pobres são chefiadas por mulheres”, indica a ONU, a propósito de mais um Dia da Mulher.