Os confrontos étnicos registados a semana passada na Etiópia, depois da morte de um ativista de etnia oromo, causaram pelo menos 239 vítimas mortais e levaram à detenção de cerca de 3.500 manifestantes, informaram as autoridades etíopes, esta quarta-feira, 8 de julho. Entre as vítimas estão nove polícias, cinco membros de milícias e 215 civis.

Segundo as agências internacionais, os confrontos intercomunitários e entre manifestantes e a polícia foram desencadeados pelo assassinato do cantor popular Hachalu Hundessa, o portador da bandeira a etnia oromo, que foi morto a tiro por desconhecidos em 29 de junho, na capital, Adis Abeba.

A semana passada, o primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed, tinha classificado os protestos como “tentativas coordenadas” para atrasar o enchimento da Grande Barragem Renascentista, no Nilo. Ontem, o governante assegurou que estes atos de violência não o demoverão de começar a encher a infraestrutura ainda este mês.