Bispos de Itália sugerem filmes para ver em casa

Numa altura em que os europeus devem manter-se em suas casas, para travar a pandemia provocada pela Covid-19, os bispos italianos sugerem cinco filmes para ver em família, e frisam que cada uma das obras é também um motivo para um debate em família

Perante uma Europa interpelada ao isolamento social para conter a pandemia causada pela Covid-19, a Conferência Episcopal Italiana sugere «cinco filmes de esperança para ver com a família em tempos de ansiedade». Os bispos italianos afirmam que o cinema é também um «espaço de encontro e partilha», e que tal pode acontecer também em casa.

«Propomos cinco filmes para abraçar estes dias com outro olhar, a partir de uma contra-narrativa do medo que inspire esperança em vez da ansiedade, a confiança no amanhã apesar destes dias difíceis», referem os bispos italianos, que adiantam que cada uma das suas propostas é também uma oportunidade para a criação de um debate e troca de opiniões em família.

Entre os filmes propostos pela Conferência Episcopal Italiana está «A família Bélier», uma «pequena grande comédia realizada em 2014 pelo francês Éric Lartigau». Segundo os prelados, a película trata-se de uma «narrativa atual, viva mas cortês, capaz de baralhar preconceitos de maneira inteligente».

Outra das sugestões dos bispos recai sobre o filme «O estagiário», de 2015. «O filme destaca a importância da inclusão e da partilha, mas também a urgência de voltar às conversas tradicionais para além da internet», aponta a Conferência Episcopal Italiana.

«Acerta o passo» é o nome de outro dos filmes sugeridos pelos bispos de Itália. Realizado por Richard Loncraine, o filme é «um convite para procurar novos caminhos a percorrer, até que as pernas aguentem e o espírito seja capaz de voar», afirmam os prelados.

Da lista de sugestões dos bispos faz ainda parte o filme «Belle e Sebastian», de 2013. «De andamento simples mas envolvente, é uma película que se joga no valor da amizade e na beleza da natureza e da criação, além da contraposição bem-mal. Trata-se de um filme que comove e encanta pela sua poética», realçam os religiosos.

A última das propostas dos bispos é o filme «Jesus de Nazaré», realizado por Franco Zeffirelli, em 1977, e que «representa um ponto de viragem importante na narrativa de Jesus no ecrã». Afirmam os prelados que está é uma obra «a (re)descobrir».