No encontro com os bispos de Portugal que ocorreu ao fim da tarde de 13 de Maio, Bento XVI incitou os prelados a apoiar a corrente dos movimentos e novas comunidades eclesiais
No encontro com os bispos de Portugal que ocorreu ao fim da tarde de 13 de Maio, Bento XVI incitou os prelados a apoiar a corrente dos movimentos e novas comunidades eclesiaisComeçou por agradecer ao Episcopado Português a sua fidelidade ao Sucessor de Pedro, salientando que era mais um peregrino entre tantos que estiveram na Cova da Iria, o Papa lembrou a sua missão dizendo que precisa abrir-se cada vez mais ao mistério da cruz.
afirmou que os tempos que vivemos exigem um novo vigor missionário dos cristãos chamados a formar um laicado maduro, identificado com a Igreja, solidário com a complexa transformação do mundo. apontou a necessidade de estes serem verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo, sobretudo nos meios humanos onde o silêncio da fé é mais amplo e profundo, citando políticos, intelectuais, profissionais da comunicação. Lembrou que estes professam e promovem uma proposta mono-cultural com menosprezo pela dimensão religiosa e contemplativa da vida.
O Papa desafiou os bispos portugueses a manter viva a dimensão profética sem mordaças no cenário do mundo actual, porque a palavra de Deus não pode ser acorrentada (2 Tm 2,0). Incentivou-os a conhecer e compreender os diversos factores sociais e culturais e programar eficazmente os recursos pastorais considerando decisivo conseguir inculcar em todos os agentes evangelizadores um verdadeiro ardor de santidade.
Recordou as palavras de João Paulo II a Igreja tem necessidade sobretudo de grandes correntes, movimentos e testemunhos de santidade entre os fiéis, porque é da santidade que nasce toda a autêntica renovação da Igreja. Confessou como uma agradável surpresa o contacto com os movimentos e novas comunidades eclesiais, vendo neles uma nova primavera do Espírito Santo no inverno da Igreja ao fazer despertar nos jovens e adultos a alegria de serem cristãos.
acrescentou ainda que devemos sentir a responsabilidade de aceitar estes impulsos que são dons para a Igreja e lhe dão nova vitalidade. alertou ainda para ajudarem os movimentos a encontrarem a estrada justa, com correcções feitas com compreensão sugerindo ainda a iniciar ou confirmar nisto mesmo os presbíteros neste ano Sacerdotal que está por concluir. Pediu ainda aos bispos na sua qualidade de presidentes e ministros da caridade da Igreja para revigorardes em vós e ao vosso redor os sentimentos de misericórdia e compaixão capazes de corresponder às situações de graves carências sociais.
aconselhou a criar e aperfeiçoar as organizações sociais existentes, com criatividade para corresponder a todas as pobrezas, mesmo a de falta de sentido da vida e de ausência de esperança. Louvou o esforço pelas dioceses mais necessitadas pedindo para que as dificuldades, agora mais sentidas, não vos deixem esmorecer na lógica do dom. Finalmente exortou-os a manter vivo no país o vosso testemunho de profetas de justiça e da paz, defensores dos direitos inalienáveis da pessoa, juntando a vossa voz à dos mais débeis a quem tendes sabiamente motivado para ter voz própria, sem temer nunca levantar a voz em favor dos oprimidos, humilhados e molestados.