O bispo emérito de Leiria-Fátima, Serafim Ferreira aponta os Pastorinhos como referência. à Fátima Missionária falou sobre o testemunho que dão
O bispo emérito de Leiria-Fátima, Serafim Ferreira aponta os Pastorinhos como referência. à Fátima Missionária falou sobre o testemunho que dãoFM – Nestes dez anos acha que a Igreja conseguiu passar a mensagem das virtudes dos pastorinhos como sendo útil para a fé?
SFS -Os pastorinhos não foram professores universitários, mas vivenciais e testemunhais. E o povo percebe melhor estes professores que não navegam na estratégia destas teorias, mas na paixão do amor de Deus. Nos contactos com outros povos e pessoas estrangeiras verifico que os dois pastorinhos que foram beatificados são conhecidos e ponto de referência, não só para os mais novos, mas para todas as idades. a vidente mais velha viveu mais anos, escreveu as memórias e deu testemunho da mesma coerência Àquele que se revela e fala.
FM – Em seu entender, a Igreja de hoje poderá tomar como modelo de vida estas crianças e orientar outras à sua imagem – e até os adultos – no caminho da procura da fé? Como?
SFS -Como disse acima, o congresso deste ano a propósito do centenário da Jacinta tem como objectivo relembrar esta personalidade encantadora, assim como seu irmão Francisco. a prova de que háouvintes e seguidores pode ver-se na adesão e no carinho que as crianças da catequese e escolas manifestam à semelhança e imitação dos dois pastorinhos beatificados, ainda que corra ao arrepio uma onda materializante e sem espírito.
FM -Enquanto Homem da Igreja reconhece o fenómeno de haver famílias cada vez menos numerosas e onde os valores cristãos são pouco seguidos? Haveráforma de lutar contra isso?
SFS -Como cidadão, como cristão e como sacerdote, verifico que a natalidade baixou. O nosso país integrado no mundo ocidental, que pode ser considerado de pós-moderno, terá de fazer um exame de consciência buscando e encontrando a boa harmonia da célula matriz da sociedade que é o agregado familiar polarizado na união conjugal, estável e feliz.
Leia a primeira parte desta entrevista aqui.