Sofia, tem 20 anos, é estudante, faz parte do grupo dos Jovens Missionários da Consolata (JMC) de Ermesinde e já tem latente o desejo de ser missionária leiga no terreno, ou seja, partir para a missão
Sofia, tem 20 anos, é estudante, faz parte do grupo dos Jovens Missionários da Consolata (JMC) de Ermesinde e já tem latente o desejo de ser missionária leiga no terreno, ou seja, partir para a missãoQuando ia iniciar a Via-Sacra com os restantes peregrinos da Consolata deparei com ela em cima de um muro, envolta numa vestimenta branca e levantando um cartaz representando a capa de um livro onde se podia ler: arriscaram tudo. ao longo das restantes Estações outros jovens da JMC apresentaram em cada uma delas outras frases alusivas ao mesmo tema missionário.
aquele rosto jovem e simpático cativou-me, pelo que me dirigi a ela e entabulei uma amena conversação no sentido de tentar perceber o que levou aquela jovem a aderir ao espírito Missionário, quando outros optam por vias diferentes.
Confesso que fiquei surpreendido com a maturidade revelada, pela certeza que me transmitiu de uma escolha amadurecida no tempo e caldeada nas verdades da fé. Não foi o exemplo da família natural que a empurrou para essa via, mas certamente que o respeito pela sua opção foi muito importante.
Para além dos fundamentos de vida cristã que adoptou bem cedo através do conhecimento catequético, foi desenvolvendo o seu pensamento e acção, de onde mais tarde brotou a luz e o exemplo que a fez decidir seguir a vida missionária. Paulo Rocha e Teresa Silva, seus conterrâneos, protagonizaram a vontade da decisão quando deixando tudo partiram como missionários Leigos da Consolata para terras da Tanzânia. Os ideais cristãos moldaram-lhe a personalidade, tem uma sensibilidade própria da idade, mas além de ser natural, tem o condimento do amor pelos mais desfavorecidos.
Junto ao Calvário, na última Estação, estava o Paulo, seu namorado e companheiro da JMC, que também empunhava um cartaz (fecho do livro) cujas palavras poderão ser plenamente descritivas e simultaneamente complementares, do futuro destes jovens: Vidas com vida.
afinal é mesmo isso que eles partilham entre si, vidas com vida, poderá ser algo que muitos outros da sua idade descobrirão no espírito missionário se a tal aderirem.
Em relação ao afastamento que se verifica dos mais novos da Igreja, Sofia crê que os próprios jovens poderão ser um elo importante para a aproximação, pois diz: Quem, melhor que nós poderá chegar até eles?.
Quando falei a um amigo da Consolata nesta jovem e no seu exemplo, ele disse-me Sim, mas é excepção, são muito poucos. Que são poucos, poderei estar de acordo, mas isso não impede que tenhamos a esperança de que seja graças a modelos como estes que o Mundo venha a ser melhor.