Ao longo de 2025, “mais de 473 milhões de crianças acordaram com o pior som: o da guerra. Guerra que não escolheram e da qual não conseguem fugir”. Quem o recorda é a Amnistia Internacional (AI) Portugal, na campanha de Natal lançada esta semana, e onde a organização de defesa dos direitos humanos deixa o apelo: “precisamos de cada um para proteger estas crianças”.
Na página da mais recente campanha, a AI detalha que, atualmente, dois mil milhões de pessoas vivem em áreas afetadas por um dos mais de 55 conflitos ativos no mundo. “Se todos sofrem numa guerra, as crianças são a sua vítima mais invisível e silenciosa”, sublinha a organização, que tem documentado violações e abusos contra crianças em várias zonas de conflito, incluindo recrutamento infantil, detenção ilegal, negação de acesso humanitário, tortura e morte.
Lembrando que a probabilidade de uma criança morrer numa guerra é sete vezes superior à de um adulto, a Amnistia assinala ainda que, “para além da urgência da proteção imediata destas crianças e garantia do seu direito à vida, devemos falar dos danos e bem-estar pós-conflito, dos traumas que terão no seu futuro” aquelas que sobreviverem.
“É necessário proteger as crianças no conflito e garantir o seu apoio pós-conflito.
Para todas as crianças, todos os diretos, sem exceção!”, pede a Amnistia Internacional, apelando a donativos que permitam à instituição manter equipas de investigação a recolher testemunhos nos cenários de conflito, prosseguir ações como a divulgação de relatórios e denúncias, ou desenvolver campanhas globais de advocacy “para que a mudança aconteça”.
Texto redigido por 7Margens, ao abrigo da parceria com a Fátima Missionária.








