Mãe e filho numa capela na Tanzânia. África é o continente que recebe mais ajuda da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

A fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apoia cristãos nos locais onde estes são perseguidos por causa da sua fé. “Neste momento, África é o continente que recebe mais ajuda, e que também envia mais pedidos de ajuda” à fundação. Seguem-se o Médio Oriente, a Ásia e a América Latina, segundo Catarina Martins de Bettencourt, diretora da AIS.

De acordo com a responsável, devido a um “aumento do terrorismo islâmico” no continente africano, a Igreja tem sido um “porto de abrigo”, acolhendo “famílias que precisam de tudo”. Um relatório sobre liberdade religiosa no mundo, publicado anualmente por esta fundação, mostra que a perseguição e discriminação “com base na religião de cada um está a aumentar em muitos países”.

A responsável acredita que o caminho para uma diminuição desta discriminação, perseguição e intolerância é a educação, “desde tenra idade”, para que as pessoas possam estar abertas às diferenças – “O outro não é meu inimigo só porque tem uma religião diferente da minha. Uma pessoa que tenha uma cultura, religião e rituais diferentes dos meus, não a tornam perigosa para mim e isso não me vai afetar na minha liberdade” – apontou a responsável, em declarações à FÁTIMA MISSIONÁRIA. A diretora desta fundação destaca a importância do contacto com quem é diferente. “Percebermos quem é o outro e qual é a sua religião, [permite] podermos continuar a viver juntos e tolerarmos a religião de cada um, apesar das diferenças.”

A diretora da AIS afirma que a promoção da convivência pacífica entre os povos tem sido uma preocupação entre os religiosos. No entanto, as barreiras encontradas são muitas. “Infelizmente, o diálogo inter-religioso é difícil de fazer nestes países, apesar de haver padres que tentam juntar as várias comunidades, para que as pessoas possam viver em conjunto e entreajudar-se – como faziam até há relativamente poucos anos, em que havia essa diversidade, e era respeitada a diferença de cada um. É isto que nós temos de trabalhar muito na educação das crianças, para haver tolerância entre todos.”