“Mães merecem mais reconhecimento”, afirma bispo que vê no crescimento de lugares concepções “hostis à criança”
“Mães merecem mais reconhecimento”, afirma bispo que vê no crescimento de lugares concepções “hostis à criança”Os bispos alemães acusam o governo de não valorizarem o papel das mães. O anúncio governamental de triplicar o número de lugares nas creches mereceu duras críticas de prelados. as jovens mães que regressam ao trabalho são, na expressão de um deles, máquinas de procriar privadas do seu papel educativo e material.
O curioso é que estas críticas são dirigidas à ministra da Família do governo de angela Merkel (líder da CDU, partido democrata-cristão), Ursula von der Leyen, que se assume como católica e é mãe de sete filhos. Segundo o bispo de augsburgo, Walter Mixa, em declarações ao canal televisivo N24, 86 por cento das mulheres alemães educam elas mesmo os seus próprios filhos (ficando em casa) nos três primeiros anos e fazem-no com todo o gosto. Estas mulheres e mães merecem mais reconhecimento e louvor.
Mixa já tinha atacado na véspera a ministra da Família pela sua cegueira ideológica e as suas concepções hostis à criança, que reduz as jovens mulheres a braços para a indústria. Ursula von der Leyen pretende corrigir o atraso alemão em matéria de creches, triplicando o número de vagas disponíveis até 2013, para que 35 por cento das crianças com menos de três anos possam ter lugar. actualmente, apenas 12 por cento de menores de três anos frequenta creches.
O projecto é muito controverso na sociedade alemã e está longe de ser criticado apenas por sectores eclesiais. Uma mentalidade fortemente enraizada (e não apenas em meios conservadores) defende que a criança deve crescer nos primeiros anos no seio familiar e maternal.