Teste de míssil provoca incerteza nas relações entre as duas Coreias, enquanto comissão da Conferência Episcopal promove novena de oração pela reunificação.
Teste de míssil provoca incerteza nas relações entre as duas Coreias, enquanto comissão da Conferência Episcopal promove novena de oração pela reunificação. a Igreja Católica está atrasada em relação a contactos e iniciativas com a Coreia do Norte, bem como na preparação dos seus membros, no caso de uma eventual abertura das fronteiras, referiu a irmã Sofonia, da congregação de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. a religiosa pertence ao grupo organizador de um seminário sobre o tema, que contou com a presença de oradores de várias religiões, promovido pela Comissão para a Reunificação Nacional, a 22 de Junho.
a mesma comissão preparou um opúsculo para uma novena de oração, que contém reflexões e orações, e termina a 25 de Junho, dia dedicado à oração pela reunificação nacional. Tudo isto num contexto de impasse não só relativo às relações entre as duas Coreias, mas entre a Coreia do Norte e a comunidade internacional.
Este clima de tensão originou já vários resultados negativos no processo de re-aproximação das duas Coreias, o mais falado sendo o cancelamento, ainda que provisório, da viagem que o antigo presidente da república, Kim Dae-Jung, deveria fazer a Pyonghyang, capital norte-coreana, no final deste mês.
No meu entender, o Mundial de Futebol tem contribuído para que os sulcoreanos se tenham mostrado desinteressados deste e de outros problemas. é incrível e, ao mesmo tempo, bonito ver toda uma nação unida à volta da sua selecção. Revela não só o gosto pelo futebol, que aqui é ainda um desporto com poucos adeptos, mas também a vontade de se abrir sempre mais ao mundo e afirmar: Nós também existimos. Por outro lado, as pessoas deste lado da fronteira começam a cansar-se das “birrinhas” e falta de fidelidade aos compromissos assumidos em inúmeras ocasiões pelos irmãos do Norte.
De momento, resta-nos rezar e esperar que a situação melhore, seja a nível das relações inter-coreanas, seja a nível internacional. Convém recordar que as duas Coreias teoricamente ainda se encontram em guerra. No final da guerra de 1950-53 não foi assinado nenhum tratado de paz, mas sim um simples armistício. “Manda-nos, Senhor, a tua paz!”
Da Coreia do Sul / Foto: Familiares separados há mais de 50 anos despedem-se após três dias de encontros. até quando?