Governo aprovou um pacote financeiro para combater os danos provocados pela seca que há quatro anos assola a província de Cunene, no sul do país. Investimento prevê a construção de duas barragens
Governo aprovou um pacote financeiro para combater os danos provocados pela seca que há quatro anos assola a província de Cunene, no sul do país. Investimento prevê a construção de duas barragens O Presidente de angola, João Lourenço, anunciou esta semana a disponibilização de um pacote financeiro de 174 milhões de euros destinado a combater os efeitos destrutivos da seca na zona sul do país, em particular na província de Cunene, que sofre há quatro anos com falta de água. Em comunicado, o Chefe de Estado angolano explica que deu ordens para que se construa um sistema de transferência de água do rio Cunene, nas áreas de Cuamato e Namacunde, destinando para essa obra um valor de 69,5 milhões de euros. O projeto prevê ainda a construção de duas barragens – uma em Calucuve e outra em Ndue, orçadas em 52,1 milhões de euros cada uma. Segundo o ministro da Energia e Água, João Baptista Borges, a intenção destas infraestruturas é acumular água para o consumo das populações e do gado, bem como para a irrigação dos campos agrícolas. Tratam-se de soluções técnicas de engenharia que passarão pela transferência de caudais, com a retirada de água em zonas com alguma abundância para zonas com grandes défices, sublinhou. Em fevereiro último, o vice-governador da província do Cunene, Édio Gentil José, decretou o estado de calamidade devido à seca, que continua a afetar mais de 285. 000 famílias, pedindo a Luanda mais apoios e a definição de estratégias para mitigar o fenómeno. Estamos a falar de um total de 285. 000 famílias afetadas em toda a província. Continuamos a somar porque, enquanto não chove, os números têm tendência para aumentar. a província atravessa um dos piores momentos de seca, disse.