as primeiras eleições multipartidárias no Uganda nos últimos 20 anos não têm muitas possibilidades de ser livres e justas devido às constantes intimidações do governo contra a oposição.
as primeiras eleições multipartidárias no Uganda nos últimos 20 anos não têm muitas possibilidades de ser livres e justas devido às constantes intimidações do governo contra a oposição. apesar das mostras de independência por parte da Comissão Eleitoral e do poder judicial, as primeiras eleições multipartidárias dos últimos 20 anos já ficaram manchadas pela intimidação do governo à oposição, pela interferência militar nos tribunais e pela parcialidade na distribuição dos fundos para as campanhas e na cobertura mediática, denunciou o Observatório dos Direitos Humanos (HRW) num relatório publicado hoje. as afirmações são feitas tendo como base uma investigação conduzida nos últimos três meses em todo o país e na capital, Kampala.
“O partido do governo do presidente Yoweri Museveni está a jogar sujo intimidando os eleitores e restando importância à oposição”, disse Jemera Rone, coordenador do HRW para a África Oriental. “O envolvimento ilegal do exército na campanha assusta os eleitores, ao mesmo tempo que a oposição se encontra com as mãos amarradas devido a acusações criminais, por motivos políticos, contra os seus líderes”.
Nalgumas partes do norte do país, onde um movimento rebelde aterrorizou a população e obrigou quase dois milhões de pessoas a fugir, os oficiais do exército ameaçaram retirar as tropas caso o governo não ganhe as eleições, deixando os habitantes nas mãos dos rebeldes. Também estão documentados casos de intimidação e agressões dirigidas aos candidatos independentes e seus apoiantes por parte do governo e das forças de segurança.
Segundo o relatório, há também problemas com o registo dos eleitores e com o acesso aos locais de voto. além disso, a pobre educação eleitoral, a insegurança e a confusão que reina devido aos problemas de registo podem causar pouca afluência às urnas.