as áreas pantanosas e os manguezais, fontes de recursos para várias comunidades nativas e de equilí­brio da biodiversidade, estão a desaparecer três vezes mais depressa do que as florestas
as áreas pantanosas e os manguezais, fontes de recursos para várias comunidades nativas e de equilí­brio da biodiversidade, estão a desaparecer três vezes mais depressa do que as florestas O Fundo Internacional de Desenvolvimento agrícola (FIDa) alertou esta semana que as zonas húmidas, como pântanos e manguezais, estão a desaparecer a uma velocidade três vez maior do que as florestas.como são fonte de água potável, energia, peixe, agricultura, transporte, lazer, valores culturais e turismo, a sua extinção coloca em risco a sobrevivência de várias comunidades indígenas. Segundo a organização, o declínio de zonas húmidas representa também uma ameaça para a biodiversidade, em particular para os animais que delas dependem. Dados recentes indicam que 81 por cento das espécies encontradas em zona húmidas no interior e 36 por cento daquelas que habitam estas áreas na costa diminuíram desde 1970. Na origem destes indicadores, estão as ações humanas, como o aumento da poluição e a utilização excessiva da terra que afetam a qualidade da água nestas zonas. Há ainda a registar as águas residuais não tratadas, resíduos industriais, escoamento agrícola e a erosão, que podem comprometer seriamente a água, aumentando os níveis de nitrogénio, fósforo, salinidade e bactérias coliformes fecais. Desde a década de 1990, a poluição da água piorou em quase todos os rios da américa Latina, África e Ásia, segundo os especialistas do FIDa. Para abordar este problema, está agendada uma reunião da Conferência das Partes Contratantes da Convenção Ramsar sobre Zonas Húmidas, que decorre no Dubai, nos Emiratos Árabes Unidos, entre os dias 21 e 29 de outubro. Em análise, entre outras questões, estará o facto das zonas húmidas, tanto no interior como na zona costeira, terem diminuído cerca de 35 por cento, desde que os dados começaram a ser recolhidos.