Prelados não concordam com a introdução do tema no curriculum da educação do 2º ciclo do ensino básico, pelo menos da forma como é proposto pelo Referencial da Educação para a Saúde, um documento que esteve em discussão pública
Prelados não concordam com a introdução do tema no curriculum da educação do 2º ciclo do ensino básico, pelo menos da forma como é proposto pelo Referencial da Educação para a Saúde, um documento que esteve em discussão pública a Comissão Episcopal para a Educação Cristã e Doutrina da Fé já se tinha manifestado, agora foi a vez da Conferência Episcopal Portuguesa, através do seu Conselho Permanente: o tema do aborto não deve fazer parte da educação escolar, na forma e no tom que são propostos no Referencial da Educação para a Saúde, um documento que esteve em apreciação pública até finais do ano passado. a Conferência Episcopal segue com preocupação esta iniciativa do Estado e apoia aqueles que promovem ações no sentido de não incluir o aborto nesta fase e no tom que é dado, reafirmando, isso sim, o direito dos pais à educação dos filhos e a necessidade de uma educação sexual integrante na educação global e na educação para a personalidade, afirmou ontem o porta-voz da CEP, padre Manuel Barbosa, no final de mais uma reunião do Conselho Permanente. Segundo o sacerdote, a forma como a questão da interrupção voluntária da gravidez é proposta no documento orientador parece focar-se apenas nas questões éticas e de saúde, quando o tema e a própria educação sexual devem ser assumidos como uma educação integral. No encontro desta terça-feira, 10 de janeiro, os bispos aproveitaram também para prestar homenagem a Mário Soares e Daniel Serrão, duas figuras que deixaram marcas na sociedade portuguesa. ao ex-Presidente da República, pelo forma como defendeu a democracia e a liberdade religiosa em Portugal. E a Daniel Serrão pela sua fé comprometida e de profunda humanidade, sempre comprometida com o bem comum.