Vários detidos com tuberculose não resistiram à doença por falta de cuidados médicos na Penitenciária Geral da Venezuela, em San Juan de Los Morros. Há ainda queixas da falta de alimentos no estabelecimento
Vários detidos com tuberculose não resistiram à doença por falta de cuidados médicos na Penitenciária Geral da Venezuela, em San Juan de Los Morros. Há ainda queixas da falta de alimentos no estabelecimento a situação carcerária na Venezuela continua a agravar-se e a causar vítimas. Num comunicado divulgado esta semana, a Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal venezuelana denuncia a morte de vários reclusos por falta de assistência médica, na Penitenciária Geral, em San Juan de Los Morros, e alerta para a falta de alimentos para os detidos. apoiamos o apelo que as famílias, especialmente as mulheres, filhos e mães de prisioneiros estão a fazer pelos seus parentes presos e detidos: eles são seres humanos, cidadãos venezuelanos que têm o direito de ser ouvidos e respeitados. a falta de informação real, as mortes de prisioneiros por tuberculose, a proibição de visitas, a falta de comida e os maus-tratos, são a prova de que não estão a ser respeitados os direitos humanos fundamentais, refere o documento. a situação desumana que se vive no sistema prisional venezuelano foi denunciada pelos próprios reclusos, através das redes sociais. Os detidos publicaram vídeos a mostrar o estado em que se encontram muitos dos presos doentes, onde suplicam que não os deixem morrer assim. Solidária com os reclusos e com as suas famílias, a Comissão Justiça e Paz apelou às autoridades governamentais, e em particular ao Ministério do Poder Popular para o Serviço Penitenciário, que se empenhem na resolução dos problemas do centro penitenciário, garantindo plenamente os direitos humanos dos detidos e suas famílias, nos termos estabelecidos pelo direito internacional para esses direitos fundamentais.