Eugénio Menegon dedicou grande parte da sua vida à evangelização e promoção humana das populações do Niassa (Moçambique), nas diferentes missões onde trabalhou
Eugénio Menegon dedicou grande parte da sua vida à evangelização e promoção humana das populações do Niassa (Moçambique), nas diferentes missões onde trabalhouNa cidade de Cuamba, no sul do Niassa, Moçambique, funciona desde há quase 20 anos um estabelecimento pré-universitário de qualidade educativa reconhecida, a Escola Secundária Padre Eugénio Menegon, pertencente à diocese de Lichinga. No passado dia 2 de outubro, no aniversário da sua morte, os alunos e professores dedicaram um dia à memória do patrono deste complexo escolar. O padre José Salguiro e padre William Kiowi, missionários de Cuamba, presidiram à Eucaristia de ação de Graças em sua memória. Na homilia recordaram a vida e obra do Padre Eugénio Menegon (1912-1996). Missionário da Consolata, o padre Menegon, dedicou grande parte da sua vida à evangelização e promoção humana das populações do Niassa em diferentes missões onde trabalhou. Nascido em Montebelluna-Treviso (Itália), a 15 de março de 1912, foi ordenado sacerdote em 21 de setembro de 1934. Depois de alguns anos de serviço em Itália, foi destinado a Moçambique no dia 6 de junho de 1949. Nas margens do lago Niassa, no extremo-norte de Moçambique, fundou a Missão dos Santos anjos de Cóbue, da qual foi Superior até 10 de janeiro de 1961, data em que foi nomeado Superior Religioso dos Missionários da Consolata da Delegação do Niassa (1961-1970). Em 1963, com a criação da diocese de Vila Cabral (atual Lichinga), foi nomeado vigário-geral da diocese, pelo bispo Eurico Dias Nogueira. Viajou constantemente durante a guerra pela independência por todo o Niassa para encorajar os missionários durante as horas mais tristes da violência, perseguição e controle do seu trabalho. No final do seu mandato como Superior da Delegação e como vigário-geral, tornou-se vice-pároco, e depois pároco, em Metangula (1972-1978). Em 1978 foi impedido pelo governo de regressar a esta Missão e foi obrigado a ficar fechado na residência episcopal em Lichinga durante três meses. Em 2 de abril de 1979 foi destinado a trabalhar em Maputo, onde se dedicou à pastoral simples, visitando e ajudando os doentes no hospital central de Maputo e no sanatório da Machava e os presos na cadeia da Machava. amado por todos, foi um missionário que incarnou em si a virtude da caridade para com o próximo. Regressou a Itália em 7 de março de 1996, com 84 anos de idade e com 57 anos de missão em Moçambique. Faleceu no dia 2 de outubro de 1996 em alpiganano (Itália). a Eucaristia em sua memória foi muito bem organizada e solenizada. Depois seguiu-se um momento recreativo onde foram exibidas danças preparadas pelos estudantes da escola. Numa altura em que escasseavam escolas secundárias que preparassem a juventude do Niassa para o acesso ao ensino superior, um grupo de benfeitores da cidade de Montebelluna (Itália), em colaboração com os Missionários da Consolata, construíram de raiz esta escola que até hoje formou milhares de alunos.