Relatório do Fundo das Nações Unidas para Infância coloca Moçambique na décima posição, a nível mundial, no que respeita a casamentos prematuros. Uma em cada duas raparigas casa antes dos 18 anos
Relatório do Fundo das Nações Unidas para Infância coloca Moçambique na décima posição, a nível mundial, no que respeita a casamentos prematuros. Uma em cada duas raparigas casa antes dos 18 anos a taxa de casamentos precoces em Moçambique atingiu os 48 por cento, o que significa que praticamente uma em cada duas raparigas contrai matrimónio antes dos 18 anos, segundo um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apresentado esta semana em Maputo.com estes resultados, o país subiu um lugar na tabela mundial relacionada com os casamentos prematuros, passando a ocupar a décima posição. No documento, os responsáveis da UNICEF apelam às autoridades moçambicanas que adotem uma estratégia multifacetada para a prevenção e eliminação deste tipo de casamentos, através de reformas legislativas, mudanças nas normas culturais a nível da comunidade e medidas de fortalecimento da educação das jovens, proporcionando-lhes também melhores oportunidades económicas. O relatório alerta ainda para a elevada prevalência de desnutrição crónica, que afeta 43 por cento das crianças com menos de cinco anos, e para a taxa de mortalidade materna, que atinge uma em cada 200 mulheres durante o parto ou a gravidez, uma situação que não tem registado melhorias desde 2002.