Em Portugal os conselhos de administração das empresas têm apenas 9,7 por cento de mulheres, um valor considerado «muito baixo». E a presença feminina em cargos de liderança é mais significativa no Estado do que no privado
Em Portugal os conselhos de administração das empresas têm apenas 9,7 por cento de mulheres, um valor considerado «muito baixo». E a presença feminina em cargos de liderança é mais significativa no Estado do que no privado a secretária de Estado dos assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, revelou esta semana, em entrevista à Rádio ONU, que em Portugal existem apenas 9,7 por cento de mulheres nos conselhos de administração das empresas, um valor que considera muito baixo e indicador do muito trabalho que há ainda a fazer no combate à disparidade salarial e na luta pela igualdade de género. aquilo que tentámos fazer nos últimos anos foi criar mecanismos que levassem à presença de mais mulheres nos conselhos de administração, tornando imperativa uma medida que levou as empresas do setor empresarial do Estado a terem de aprovar planos para a igualdade, e portanto, a promoverem um equilíbrio entre homens e mulheres nos conselhos de administração, disse a governante. Para Teresa Morais, que esteve em Nova Iorque no âmbito de mais uma sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, os países tiveram anos para promover outros tipos de ações com vista ao equilíbrio entre homens e mulheres nos conselhos de administração, mas não viram resultados suficiente e optaram por uma lei de cotas. ainda não é isso que Portugal está a fazer neste momento. Mas não posso descartar essa possibilidade no futuro se esta tentativa de resolução do problema através do compromisso com as empresas vier a falhar, adiantou a secretária de Estado.