agência Europeia para os Direitos Fundamentais denuncia que é «impossível» para um refugiado viajar legalmente na União Europeia, o que leva muitos imigrantes a procurar as redes de traficantes de pessoas
agência Europeia para os Direitos Fundamentais denuncia que é «impossível» para um refugiado viajar legalmente na União Europeia, o que leva muitos imigrantes a procurar as redes de traficantes de pessoas a vida não está fácil para quem foge da guerra ou da perseguição por motivos como a orientação sexual, religião ou ideologia, e tenta movimentar-se legalmente no espaço comunitário. Segundo a agência Europeia para os Direitos Fundamentais, é praticamente impossível um refugiado deslocar-se licitamente na União Europeia (UE), o que faz com que a maior parte recorra às redes de traficantes de pessoas ou arrisque a vida no Mediterrâneo, onde só o ano passado perderam a vida mais de 3. 200 pessoas. Num relatório divulgado pela Europa Press, a agência recorda que em 2014 foram intercetadas ou resgatadas 278 mil pessoas que tentavam chegar à UE de forma clandestina – o dobro do registado em 2011, em plena Primavera Árabe. a maioria tentava cruzar o Mediterrâneo e deslocava-se de países como a Síria, que está há quatro anos em guerra, ou da Eritreia, cuja ditadura religiosa persegue, entre outros, os cristãos ortodoxos. Os motivos que tornam impossível viajar de outra forma de são variados. Umas vezes porque os países europeus fecham os consulados nos territórios em guerra, outras porque uma pessoa perseguida pelas autoridades do seu país não pode contornar essas mesmas autoridades para entrar num consulado, outras ainda, porque mesmo conseguindo entrar nas embaixadas já sabem que não vão conseguir o salvo-conduto. Neste sentido, a agência propõe a adoção de algumas medidas, como a criação de programas humanitários de admissão, simplificação dos requisitos para obtenção de um visto a determinadas nacionalidades, aplicação da normativa de reagrupamento familiar ou utilização das vias já existentes de migração legal para estudar ou trabalhar na Europa. as instituições da União Europeia e os Estados membros, assim como os atores privados têm um importante papel para aumentar as possibilidades de se alcançar o solo europeu legalmente e contribuir para reduzir o número de vidas que se perdem nas fronteiras e os abusos que cometem as redes que traficam pessoas, alertam os responsáveis da organização.