Uma «economia sem ética pode levar à catástrofe e à ruí­na de um país», alertou antónio Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima
Uma «economia sem ética pode levar à catástrofe e à ruí­na de um país», alertou antónio Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima a falta de ética na área da economia e finanças pode levar à catástrofe e à ruína de um país, considera antónio Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima. as primeiras vítimas são sempre os mais pequenos e os mais pobres, disse o prelado, esta terça-feira, 12 de agosto, na conferência de imprensa de apresentação da Peregrinação anual do Migrante e Refugiado ao Santuário de Fátima.
Para antónio Marto, a crise bancária em Portugal é uma demonstração daquilo que o Papa emérito Bento XVI identificou como uma ditadura do capitalismo financeiro e especulativo. É aquilo a que o Papa Francisco chama a tirania económico-financeira, especulativa, virtual, desligada da economia real, frisou o prelado, na Casa de Nossa Senhora do Carmo.
além deste problema, um outro coloca em causa a sustentabilidade do próprio Estado social: a queda drástica da natalidade e a perda de meio milhão de jovens, referiu antónio Marto, com preocupação. Referindo-se à crise atual, o bispo lamentou que existam cidadãos a aproveitarem-se desta situação de fragilidade para negar o trabalho digno e um salário justo.
Quando questionado pelos jornalistas sobre a exposição do Santuário de Fátima à crise no BES, Carlos Cabecinhas, reitor daquela instituição, afirmou que os responsáveis estão tranquilos em relação a este tema.
a peregrinação internacional aniversária de agosto levará à Cova da Iria milhares de emigrantes. as celebrações inserem-se na 42a Semana Nacional de Migrações realizada pela Igreja Católica com o tema Rumo a um Mundo melhor. a peregrinação será presidida por antónio Francisco dos Santos, bispo do Porto.