«Ter as pessoas no coração, prestando atenção às necessidades dos outros; estar junto deles especialmente lá onde há sofrimento, solidão e violência; cuidar dos mais fracos e marginalizados é a missão, que espalha o amor e faz as pessoas mais felizes»
«Ter as pessoas no coração, prestando atenção às necessidades dos outros; estar junto deles especialmente lá onde há sofrimento, solidão e violência; cuidar dos mais fracos e marginalizados é a missão, que espalha o amor e faz as pessoas mais felizes»Desejamos estar presentes no meio do povo onde trabalhamos de uma maneira simples e fraterna, estabelecendo contactos pessoais, e estando atentos aos seus problemas e necessidades concretas foi assim que, citando um artigo das Constituições do seu Instituto, o Superior geral, Stefano Camerlengo, iniciou a sua intervenção perante uma assembleia bastante numerosa de participantes nas Conferências Contemporâneas da Consolata, no Centro allamano, em Fátima. O tema abordou sobretudo a missão como encontro, como presença entre as pessoas, feita de contactos pessoais e entrosamento nos problemas que afetam as pessoas. Por isso, afirmou o conferencista, mais do que missão ad gentes, hoje fala-se de missão inter gentes. Foi esta aliás, a grande intuição do Beato allamano, Fundador do Instituto da Consolata, que há cem anos reiterava a importância do missionário como primeiro bem de uma comunidade, onde deve ser acolhido com amor e confiança, manifestando apreço pelas qualidades que o Espírito concede a cada um e pelo enriquecimento que provém das diversas culturas. Na interculturalidade, que respeita o valor de cada pessoa, está o sentido profundo da missão do futuro, declarou Stefano Camerlengo, dizendo que no último Capitulo Geral, o Instituto optou por uma mudança revolucionária quando afirmou que se queremos mudar a missão, os primeiros a mudar somos nós. E confirmou esta posição com a Igreja do Papa Francisco, que é a Igreja que quer caminhar ao lado das pessoas. Mesmo sabendo que nestas coisas a Igreja caminha lentamente, como um elefante, esta atitude de conversão permanente dá muita esperança e confiança no futuro. O nosso tempo é um tempo desafiante, onde o amor verdadeiro, baseado sobre a justiça coloca bases seguras para uma mudança da situação. antónio Pinto Leite, presidente da aCEGE, que tinha falado anteriormente, acrescentou a este propósito que a Igreja não tem bem a noção do enorme valor da presença da pessoa consagrada no mundo e rematou afiançando que a Igreja é a maior história de amor que existe no mundo e a ética do amor é, a longo prazo, o melhor instrumento da economia.