Os repetidos e sangrentos ataques dos grupos islâmicos que afetam as comunidades cristãs podem conduzir a um conflito étnico-religioso na Nigéria. Uma missionária confessa que o medo aumenta perigosamente
Os repetidos e sangrentos ataques dos grupos islâmicos que afetam as comunidades cristãs podem conduzir a um conflito étnico-religioso na Nigéria. Uma missionária confessa que o medo aumenta perigosamenteNos últimos tempos a Nigéria tem sido governada por um presidente cristão. a irmã Catarina Dolci, missionaria no nordeste da Nigéria há 27 anos, no estado de Taraba, afirma que alguns grupos fundamentalistas querem um presidente muçulmano. Desde 2009, data da fundação do grupo Boko Haram, os fatores religioso e étnico estão ligados entre si: Se se ataca uma tribo, significa que se quer atacar a sua religião. Por trás do Boko Haram há pessoas interessadas na destruição desta, algumas delas financiadas por políticos e ex-ditadores que estão interessados em retomar o poder. a convivência entre cristãos e muçulmanos nunca foi um grande problema. Tanto no Norte como no Sul, as relações foram sempre bastante cordiais, explica a missionária. Nos últimos anos a relação tornou-se problemática na minha zona [em Jalingo], tendo-se verificado ultimamente confrontos graves. Já não se confia uns nos outros. Cresce o receio que surja um conflito que envolva todo o país, que pode degenerar num conflito religioso e étnico. Quando começaram os confrontos, não se pensava que pudesse acontecer algo de grave, explica a religiosa. agora o perigo aumenta. E é importante que os governos europeus façam pressão sobre as autoridades políticas da Nigéria para que a situação se resolva de modo positivo.