Uma carta pastoral sobre o matrimónio será lida no próximo fim de semana, em todas as paróquias inglesas. a Conferência Episcopal responde ao primeiro-ministro britânico que pretende legalizar o casamento dos homossexuais
Uma carta pastoral sobre o matrimónio será lida no próximo fim de semana, em todas as paróquias inglesas. a Conferência Episcopal responde ao primeiro-ministro britânico que pretende legalizar o casamento dos homossexuaisNa primeira parte do documento os bispos refletem sobre as razões pelas quais o matrimónio se funda na natureza humana, ainda mesmo antes de ser assumido pela Igreja e pelo Estado como instituição. Homem e mulher foram criados segundo um modelo de complementaridade e fertilidade afirmado por muitas religiões e que nem a Igreja nem o Estado têm o poder de mudar. Os bispos explicam que não se trata simplesmente de uma questão de opinião pública, mas de uma expressão da nossa fundamental humanidade. O documento explica porque é que se deve defender esta instituição como uma união entre um homem e uma mulher: a experiência mostra que ela promove o bem-estar dos esposos e da família. a sociedade, tornada mais estável pelo matrimónio, confia aos pais o crescimento das novas gerações.como sacramento, o matrimónio é o lugar onde brota a graça divina. Depois de afirmar, na segunda parte do texto que será lido nas missas de sábado e domingo, que os que sofreram a dor da separação serão sempre bem-vindos às nossas comunidades paroquiais, os prelados explicam os motivos porque se opõem ao projeto de David Cameron. as razões apontadas pelo nosso governo para mudar a definição de matrimónio referem-se à igualdade e à vontade de não discriminar. Mas a nossa legislação atual não faz qualquer discriminação injusta quando exige um homem e uma mulher para o matrimónio. Mudar a definição legal de matrimónio seria um passo profundamente radical, destinado a transformar gradual e inevitavelmente a interpretação que a sociedade faz do matrimónio, pode ler-se no documento. Não haveria o reconhecimento da complementaridade do homem e da mulher ou que o matrimónio é entendido como procriação e educação dos filhos. E os bispos concluem: Temos o dever para com as pessoas que hoje são casadas e para com as novas gerações de fazer tudo o que está ao nosso alcance para garantir que o significado verdadeiro do matrimónio não se perca para as gerações futuras.