«O cristão e a Igreja hão-de estar bem presentes ao mundo e no mundo, mas sem ser do mundo, sem se conformarem com este»
«O cristão e a Igreja hão-de estar bem presentes ao mundo e no mundo, mas sem ser do mundo, sem se conformarem com este»O Papa questionou se a Igreja não deve adaptar-se ao tempo presente, para «chegar às pessoas de hoje que vivem em estado de busca e na dúvida?. E respondeu: «Cada cristão e a comunidade dos crentes são chamados a uma contínua conversão. No último dos encontros, já no final da sua visita à alemanha, em que se reuniu com católicos empenhados na Igreja e na sociedade, Bento XVI referiu-se à «diminuição da prática religiosa e ao «crescente afastamento duma parte notável de baptizados da vida da Igreja. a renovação é aconselhável, mas o motivo fundamental desta «é a missão apostólica dos discípulos e da própria Igreja, afirmou. O Santo Padre defendeu que «a Igreja deve verificar incessantemente a sua fidelidade a esta missão e isso implica um «certo distanciamento em relação ao meio em que está mergulhada. Mas deve «abrir-se incessantemente às inquietações do mundo e dedicar-se a elas sem reservas, para continuar e tornar presente a permuta sagrada que teve início com a Encarnação, acrescentou.

Esta abertura ao mundo faz-se «não para obter a adesão dos homens a uma instituição com as suas próprias pretensões de poder, mas sim para os fazer reentrar em si mesmos e, deste modo, conduzi-los a Deus, salienta o Sumo Pontífice. Não se trata – esclarece – de encontrar uma «nova táctica para relançar a Igreja mas de viver «a fé plenamente no hoje, vivendo-a precisa e totalmente na sobriedade do hoje, levando-a à sua plena identidade, tirando dela aquilo que só na aparência é fé, não passando na verdade de convenções e hábitos nossos.
Os exemplos históricos mostram que o testemunho missionário de uma Igreja «’desmundanizada’ resplandece de modo mais claro, disse Bento XVI. Liberta do «fardo material e político, pode «dedicar-se melhor e de modo verdadeiramente cristão ao mundo inteiro, pode estar verdadeiramente aberta ao mundo. Pode de novo viver, com mais agilidade, a sua vocação ao ministério da adoração de Deus e ao serviço do próximo, concluiu.