Banco alimentar Contra a Fome apoia mais de 66 mil famílias, o que corresponde a mais de 200 mil pessoas. Há quem não coma todos os dias
Banco alimentar Contra a Fome apoia mais de 66 mil famílias, o que corresponde a mais de 200 mil pessoas. Há quem não coma todos os diasMais de um quinto das pessoas que procuram instituições de solidariedade não se alimenta, pelo menos, uma vez por semana. Os números são de um estudo da Universidade Católica, em parceria com o Banco alimentar e a associação Entreajuda e envolveu 4. 681 utentes de mais de 500 instituições.
Destes, 27 por cento admitiram estar um dia inteiro sem comer algumas vezes por semana, ou pelo menos uma vez. 20 por cento dizem não ter comida até ao final do mês, sendo que apenas 49 por cento dos inquiridos tem comida até ao final do mês, adianta a Lusa.
a análise revela que mais de 70 por cento das instituições de solidariedade social registaram mais pedidos de apoio para alimentação, o que deriva do aumento do desemprego. É a vulnerabilidade económica decorrente quer do aumento do desemprego, quer das baixas reformas, que, a par de rupturas familiares, estão na base do aumento da procura alimentar , assinala o documento.
Metade dos portugueses que recorrem à instituições de solidariedade social têm menos de 250 euros por mês para viver. Contas feitas são 66. 500 famílias, a que correspondem 239. 470 pessoas. Há 6. 600 as famílias ajudadas, num total de quase 16 mil pessoas, com medicamentos. O estudo revela que as instituições que pertencem à rede do Banco alimentar Contra a Fome dão apoio monetário a 5. 700 famílias, ou seja, 11. 968 pessoas.
a maioria destas famílias despende grande parte do orçamento familiar na alimentação, seguindo-se os medicamentos e o vestuário e o calçado. a maior parte dos inquiridos (53 por cento) tem empréstimos de casa, seguindo-se o carro (19 por cento) e os electrodomésticos (16 por cento). O estudo revela ainda que 72 por cento dos inquiridos consideram-se pobres e destes, a maioria culpa a sociedade pela sua situação. 14 por cento responsabilizam-se a si próprios pela sua própria situação.